sábado, 23 de maio de 2009

Titanic

"We have lived together for many years. where you go. I go." - Ida Straus




TITANIC - THE ARTIFACT EXHIBITION
(Estação do Rossio)


"A história do Titanic contou-se uma e outra vez, mas jamais duma maneira tão comovedora e apaixonante como o fazem os objectos que se apresentam nesta exposição. Recuperados com enorme esforço da área dos escombros que rodeia os restos do naufrágio e cuidadosamente conservados, estes objectos reais, melhor que as palavras e as imagens, representam o navio e as 2.228 pessoas que passaram junto a ele a formar parte da história.

Os objectos da exposição Titanic, recuperados e conservados, permanecerão como recordatório do esplêndido transatlântico, da fragilidade da vida e da imperecível força do espírito humano.

A exposição Titanic é mais que uma epopeia de vapor e aço. É a história dos seus passageiros, desde o milionário de primeira classe até ao emigrante de terceira, que realizaram actos incríveis de sacrifício pessoal e heroísmo, e que tiveram que suportar perdas extraordinárias."


http://www.titaniclisboa.com


Foi exactamente isto, o que senti hoje, a componente humana desta exposição, aliás a arqueologia sempre me fascinou, precisamente, por transmitir essa mensagem...

Em cada passo que dava uma reconstrução da história, um acontecimento...

Uma obra humana, expressando a característica ambição de invencibilidade e a lição de humildade que retiramos quando se toma a consciência da nossa fragilidade relativamente aos elementos naturais...

Tomando uma prespectiva prática, sabemos que tal como um objecto que cai no chão, também as grandes construções são destrutíveis, sujeitas a acidentes...

O que nos impressiona? Sabermos que dentro desse grande objecto, há vidas humanas e que cada uma delas tem igual valor à nossa, a noção da nossa fragilidade/mortalidade assusta-nos, choca-nos...

Eis que assistimos ao êxtase de milhares de pessoas de lencinho branco na mão despedindo-se há um século atrás, a 10 de Abril de 1912... esperanças, descoberta, amores, familia, medos... tantas as histórias que aquele transatlântico transporta consigo rumo a Nova Iorque...

E sabermos que mais tarde, tudo se tornará num pesadelo, numa tragédia... escombos que jazem nas profundezas do Atlântico Norte, objectos pessoais, recordações, partes do Navio, instrumentos... e vidas...

... Impressionou-me, tal como esperava, desde os ambientes construídos com a música pertencente a cada momento, até ao promenor das histórias que cada objecto conta... Conhecemos o nascimento, o desenho e a construção do Titanic (envolvendo mais de 10.000 trabalhadores); as ambições dos seus criadores e protagonistas; os luxos que oferecia e por fim, todo o desenrolar do seu naufrágio...

O que mais me sensibilizou foram as histórias pessoais acompanhadas dos objectos de alguns passageiros... e são precisamente os golpes da sorte que mais nos tocam... encontramos casos de muitas pessoas para as quais a viagem no Titanic foi meramente uma alternativa, já que os mineiros estavam em greve na altura e muitos dos cruzeiros que os levaria rumo à América não realizaram a viagem planeada...

E os actos heróicos, provando a nobreza humana... desde os músicos que optaram por tocar até ao momento final, transmitindo uma réstia de tranquilidade; aos dandys que como cavalheiros enfrentam de caras a morte jogando póquer; a engenheiros que correm aos compartimentos inundados oferecendo o seu know-how num último acto de sacrificio; aos homens das caldeiras ( gangs negros- cobertos de fuligem da cabeça aos pés) que até ao último momento continuam a alimentar as caldeiras de carvão, para que a energia não falte e haja a possibilidade de envio de SOS...

Entre estes actos heróicos encontro o de Rosalie Ida Blun, a qual encarno assim que recebo o seu bilhete à entrada da exposição...

Rosalie Ida Blun (Mrs. Isidor Straus), foi uma das passageiras de 1ª classe viajando a bordo do Titanic acompanhada pelo marido Mr. Isidor Straus e os criados Ellen Bird e Jonh Farthing...
Recusou-se a entrar no salva-vidas que a esperava, voltando para junto do marido...

"Estivemos todos estes anos juntos. Para onde fores. Irei." ... vejo no memorial que não sobreviveu... apenas a criada a quem ela ofereceu o seu casaco de peles...

Consigo imaginar-me a dizer algo do género com 63 anos, tendo partilhado uma vida e enfrentando um momento crucial...

Senti-me a viver um momento histórico, uma oportunidade única de contactar com o passado...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Secret



My secret world... in a hallow tree...

domingo, 10 de maio de 2009

Renascer





"Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da Terra..."

... leve...!

sábado, 9 de maio de 2009

Vidas

"O destino faz de nós o que somos, mas também pode impedir-nos de ser a pessoa que poderíamos ter sido..."

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Fly

Querendo dançar ao sabor da (des)gravidade...voando no meu paraíso...
E das águas emerjo aos céus...


Project Bandaloop:
Do you want to fly?

domingo, 3 de maio de 2009

Ritual

"por isso vigio todos os gestos que me transformam.

e renomeio todos os dias o que me é sentido no ritmo da pele."

Interiorizando...

sábado, 2 de maio de 2009

Meu Templo



E de novo me vejo perante as imponentes portas do meu templo... Reabro-as...
...Dou um passo em frente...



sexta-feira, 1 de maio de 2009

Atlantis




Fala spiritual...

Na verdade, a roda da fortuna esconde-nos muitas voltas... tem a sua própria vontade...


Assisto na margem com um misto de emoção...impotência...

O meu templo imerso nas águas... Amei-o e perdi-o, tinha chegado o momento...

Guerras que lhe tremeram as fundações e esta seria a derradeira, aquela que o afastaria dos homens...

Um grito abafado, preso na garganta... Não seria uma construção eterna, um local de veneração para toda uma vida... Fora simplesmente frágil, como um coração que parára de bater...


Eis a minha homenagem interior... o spiritual reside em mim...


Conhecimentos queimados, Biblioteca de Alexandria... irrecuperáveis... embora o essencial permaneça..em mim...

A minha Atlântida afundada... o meu templo perdido... de novo nascerá pelas minhas mãos...

Uma nova Atlântida fundada crescerá mais forte, abro novamente as portas do meu templo...


Entrai...

Light

Awaking from a dream...