terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Bodhi Day

Hoje, o marco do nascimento do Budismo...




Há 2500 anos, na sua busca pela libertação do sofrimento humano, Siddharta Gautama, torna-se Buda. Meditando, atinge o estado nirvana debaixo da árvore que hoje testemunha as orações dos seguidores da religião que nasceu nesse momento...

Esta religião Oriental sempre me fascinou por se tratar de uma espiritualidade pessoal... não existe a veneração de uma entidade superior, existe uma procura existêncial, um auto-conhecimento que nos concede paz...

Muito pessoalmente, considero a minha espiritualidade e valores muito próximos do budismo...
Em todas as minhas procuras, a meditação revelou ser algo inerente a mim e próprio para o meu caminho de encontro à serenidade...

Aqui deixo o meu pequeno marco a asssinalar um dia de iluminação...




Para que conheçam o Homem e a Religião:














quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Trilho




“Se um homem quiser certificar-se do caminho que trilha, tem de fechar os olhos e caminhar no escuro”

Faço-o e sei que é essa a solução…

Que vejo?

Vejo a vida caminhar à minha frente e quero descobrir… descobrir onde ela se esconde… quero Agarrá-la. quero Materializá-la.

Será a tal característica dos nativos Touro? A do materialismo? Não o materialismo utilitário… mas sim, a capacidade de sentir o toque do espiritual, o respirar, o palpitar, o expandir desse poder como querendo libertar-se?

Pulsante, ele retém-se, quero libertá-lo. Quero dar-lhe um lugar, quero vê-lo em cores, quero tocar-lhe, quero vivê-lo!

Não mais.Não mais querer moldar este espaço, esta vivência… não é esse o caminho…
Aceita-o, deixa-o viver como se fosse um ser que também tem direito ao seu lugar…

Agora, concentra-te, concentra-te… o que queres?

Quero o meu mundo, quero-o comigo, quero-o em cada passo.
Quero Respirá-lo, sentir que vive…

Está em trabalho de parto, tal como Nut esteve durante milhares de anos… ele pode nascer, está à espera.

Porque o abandonas?Porque choras, porque não procuras? Porque desistes? Porque não acreditas?

Como?

sábado, 7 de novembro de 2009

Receita de Mulher




(...)

É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.

É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como no âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então
Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.

É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.

Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.

Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário.

É aconselhavel na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (...).

Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser fresca nas mãos, nos braços, no dorso, e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37 graus centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.

Ah, que a mulher de sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação imunerável.

Vinicius Moraes

sábado, 31 de outubro de 2009

Mulher



Os sonhos nocturnos representam a linguagem da

Mulher Selvagem.

Ela está a transmitir.

Só temos de fazer o ditado.

(Clarissa Pinkola Estes)

*




Ela canta a partir do conhecimento de los ovarios,

um conhecimento das profundezas do corpo,

das profundezas da mente,

das profundezas da alma.


(Clarissa Pinkola Estes)

*




Ao mais antigo Oráculo da Grécia,

consagrado à Grande Mãe da terra, do mar e do céu,

deram-lhe o nome de Delfos, de delphos,

com o significado de "Ùtero".

(Barbara Walker)

*

sábado, 3 de outubro de 2009

Amanhece

Vejo-me numa sala de bambu... olhando a braseira que preparei... em breve o chá estará pronto...

Amanhece e as fitas de luz trespassam os vazios das estacas atadas...

Cara lavada, corpo limpo, alma aberta a cada momento em suspensão...Ergo-me e caminho...sentada movo a porta de papel vegetal...

O silêncio das aves que não habitam os céus...estou no cume da montanha, ouvindo o assobio do vento...respirando a humidade do ar... cada gota de orvalho pousando no rosto, o meu momento de liberdade...

Ao fundo, o sol nasce... o dourado que espreita o horizonte...


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

(A)mar




Porque hoje apetece-me escutar o mar...


sábado, 12 de setembro de 2009

Diva de Bollywood

Salaam,

Aishwarya Rai, a inspiração do dia...!



Quem ma deu a conhecer?
Uma professora de dança do Ventre com quem me cruzei num Workshop!

Provar a India... Explorar a fluidez da dança clássica indiana -Kathak...
Descobrir os mudras que compõem a história da dança, algo que desconhecia...

Impressionante a riqueza desta cultura e tão bom poder experimentar um pouco do que a compõe...

Provei Chai, o chá indiano que se assemelha a leite com café, condimentado com inúmeras especiarias...

Vesti um Sari, pintado à mão lindissimo e só não pintei as mãos de henna porque me esperava ainda um grande momento:

Aprender a coreografia de uma das músicas desta diva, Aishwarya Rai!

Junto com outras aspirantes e uns 5 rapazes que tiveram a ousadia de nos "desafiar" na dança, usando os seus turbantes multicolores, dançámos ao som da música Salaam:


(História real de Umrao Jaan Ada, uma cortesã real do séc. XIX em Lucknow, raptada ainda menina e vendida para um bordel, onde aprende poesia, música e dança. Nesta jornada ela aprende a seduzir desde bandidos a sultões...)

sábado, 5 de setembro de 2009

Noite




Caminho sobre as areias do deserto...

Anoitece e ainda se sente o ar ligeiramente abafado... em breve cairá a escuridão e o frio percorrerá todo o meu corpo...

Vejo-me à janela... do meu templo... do meu terraço... Será meu ou somente um local que me foi concedido, que me convidou a entrar?

A Vida é um mistério, talvez tenha adquirido o aspecto que lhe pertence...este local desconhecido, descentralizado do tempo, do espaço...

Apenas sei que é noite... e é tempo de contemplar... tudo... quem sou... que lugar ocupo...qual a presença de cada uma das coisas que aqui se encontram... terei de as arrumar, descobrir o seu verdadeiro lugar? Ou o seu lugar em mim?

No céu um Falcão, será Hórus, um sinal de que terei de ver com mais cuidado, com maior verdade?

Sonho ou Realidade? Importa?
Vivo-o, existe...

O seu recorte escuro contra o céu azulado, safira...

As estrelas, começam a pontear o meu Universo, a minha Visão, o meu Horizonte...

Cada novo olhar, uma nova presença...

Qual o mistério deste lugar? Qual o mistério em mim?
Conheço-me, sei quem sou, mas quero descobrir o que ainda não sei... muito do que sofro revela desconhecimento do meu ser....

Nada depende de outros, tudo depende de nós...
Somos nós quem dá presença à nossa existência... o Mundo já existia recebendo-nos... a nossa vinda, a forma como o sentimos anfitrião diz-nos algo... o que queremos, o que esperamos que nos seja dado...

E porque terá de nos ser dado o que quer que seja? Porque dele dependemos, porque somos parte de tudo... Como um só...

Desde o primeiro momento...

Se somos parte de uma lógica universal, de algo tão natural... assim como todos os seres teremos o nosso "encaixe" nesta dinâmica existêncial...

Essa é a grande descoberta... centrarmo-nos no que nos concederá esse ritmo interno eterno como tudo o que vive e não vive...

O nosso próprio som... timbre...

Aqui apenas contemplo... sinto-me natural, no meu lugar...
Aprenderei os passos da dança desenhada para mim... em tudo há uma obra...

Dotados de sentidos, eles serão a via... a resposta... nada de inebriação, confusão...
Ainda não aprendemos a aplicá-los segundo o verdadeiro fim para os quais existem...

Distraímo-nos tão facilmente... demasiados estímulos insignificantes...
Porque criamos estímulos sem importância e vivemos satisfeitos com tal criação/usufruição? Ou infelizes e derrotados pela capacidade de evoluir?

Esta porta...esta passagem para a verdade...

Um rasgo na realidade, como se fosse necessário que algo rompesse com a imperfeição e existisse uma caixa/uma cela da verdade para que possa ser contemplado o verdadeiro rosto da criação...

Neste pequeno espaço... todos os elementos da vida...

Uma forma limpa de ver em pequena escala o que existe camuflado e escondido por todo o fumo com que preenchemos a nossa existência...

Michael Parkes

The World of Michael Parkes

O que mora nos Céus...
















segunda-feira, 13 de julho de 2009

Céus de Julho

Olhando o céu, desvendando as histórias que nos conta...



O que poderemos descobrir neste mês:

Amazing Space: Tonight's sky - July

Dança



Muitos não se aperceberam ainda, mas... a verdade, é que o ballet na sua evolução tomou uma dimensão artistica extremamente profunda... respira sensualidade...

Sempre me fascinou a Arte Clássica, pela sua intemporalidade, faz-nos libertar, sonhar... o génio da criatividade sempre presente...

Sabe-se que a Arte nasce como forma de expressão do ser humano, e por isso espelha fielmente o que interiormente habita o criador... este por sua vez, além da sua personalidade, é um produto do social...

No contemporâneo, sabemos, existe uma grande tendência de intelectualização, de praticalidade, de rompimento com as barreiras pelos artistas... mas eis que, tenho vislumbrado a sensibilidade com que me identifico plenamente em muitas obras que agora nascem...

No Ballet Contemporâneo, existe uma componente muito forte de ligação entre o feminino e o masculino, uma necessidade extrema de "grito", de complexidade, de fragilidade, de um trabalhar exímio do interior, no fundo, nasce uma dança intima... esqueço-me que se trata de dança, é como se vive-se no interior do ser humano...

No último espectáculo da CNB "QUATRO COREÓGRAFOS", apresentaram-se quatro bailados:

ISOLDA de Olga Roriz

À FLOR DA PELE de Rui Lopes Graça
FAUNO de Vasco Wellenkamp

STROKES THROUGH THE TAIL de Marguerite Donlon

Dos quatro, aquele que mais me tocou foi o segundo : "Á Flor da Pele" de Rui Lopes Graça.

Dois Casais, duas relações umbilicalmente ligadas... No momento, em que assisti, julguei que um dos casais, funcionasse como uma expressão interior do que era vivido pelo casal principal, tal era sintonia de sentimentos entre ambos, mesmo na sua complexidade... mas, ouvindo as palavras do autor, compreendi que se tratava de uma sequência, de como as nossas vivências e tudo o que se opera no nosso interior terá impacto nos outros... e fiquei realmente impressionada pela capacidade com que este conseguiu traduzir toda esta amálgama, que tantas vezes nos confunde quando a vivemos pessoalmente...

Estando lá, na plateia, no escuro, apenas ouvindo a música a piano e seguindo os seus movimentos, tudo se torna diferente... coloco um video, mas sei que nunca é o mesmo que presencialmente...


(atenção o som está muito baixinho)


Isolda, visualmente é extremamente artistico e cativante, mas muito menos tocante...

Apercebo-me que tem de ter um pouco de loucura para que seja genuíno, e sobressaltam-nos alguns preconceitos quase que inconscientemente, mas logo abandonados pela ânsia de vivermos algo totalmente livre...
... é essencialmente isso o que a dança me traz, essa liberdade de pensamento e sentir...

Sensualidade aqui presente, tal como em "Pedro e Inês" de Olga Roriz, um exponencial, para mim uma obra-prima...




Para que possam explorar este mundo, deixo-vos o link da CNB - Companhia Nacional de Bailado: http://www.cnb.pt

sábado, 27 de junho de 2009

O começo de um sonho...



Gosto de dias assim... de veludo...

http://www.youtube.com/watch?v=IyCRJmerW1Q

Mudras

Mudra, a linguagem gestual budista, uma oferenda a Buda...

Pequenos monges do mosteiro Gyud Zin de Ladakh, India.




Offering of Sacrificial Cakes [torma] mudra (zhal zes 'bul ba'i phyag rya).



Rubbing Smooth mudra (bsnyems pa'i phyag rgya).



Diamond Jewel Mother mudra (rin chen rdo rje ma'i phyag rgya).

Muito interessante, um trabalho do fotógrafo Dennis Cordell, expressando a iconografia religiosa oriental através da pureza destas crianças.
Tropecei nesta pequena descoberta, a explorar:

http://www.flickr.com/photos/bde_gnas/sets/72157600819253275/show/

sábado, 23 de maio de 2009

Titanic

"We have lived together for many years. where you go. I go." - Ida Straus




TITANIC - THE ARTIFACT EXHIBITION
(Estação do Rossio)


"A história do Titanic contou-se uma e outra vez, mas jamais duma maneira tão comovedora e apaixonante como o fazem os objectos que se apresentam nesta exposição. Recuperados com enorme esforço da área dos escombros que rodeia os restos do naufrágio e cuidadosamente conservados, estes objectos reais, melhor que as palavras e as imagens, representam o navio e as 2.228 pessoas que passaram junto a ele a formar parte da história.

Os objectos da exposição Titanic, recuperados e conservados, permanecerão como recordatório do esplêndido transatlântico, da fragilidade da vida e da imperecível força do espírito humano.

A exposição Titanic é mais que uma epopeia de vapor e aço. É a história dos seus passageiros, desde o milionário de primeira classe até ao emigrante de terceira, que realizaram actos incríveis de sacrifício pessoal e heroísmo, e que tiveram que suportar perdas extraordinárias."


http://www.titaniclisboa.com


Foi exactamente isto, o que senti hoje, a componente humana desta exposição, aliás a arqueologia sempre me fascinou, precisamente, por transmitir essa mensagem...

Em cada passo que dava uma reconstrução da história, um acontecimento...

Uma obra humana, expressando a característica ambição de invencibilidade e a lição de humildade que retiramos quando se toma a consciência da nossa fragilidade relativamente aos elementos naturais...

Tomando uma prespectiva prática, sabemos que tal como um objecto que cai no chão, também as grandes construções são destrutíveis, sujeitas a acidentes...

O que nos impressiona? Sabermos que dentro desse grande objecto, há vidas humanas e que cada uma delas tem igual valor à nossa, a noção da nossa fragilidade/mortalidade assusta-nos, choca-nos...

Eis que assistimos ao êxtase de milhares de pessoas de lencinho branco na mão despedindo-se há um século atrás, a 10 de Abril de 1912... esperanças, descoberta, amores, familia, medos... tantas as histórias que aquele transatlântico transporta consigo rumo a Nova Iorque...

E sabermos que mais tarde, tudo se tornará num pesadelo, numa tragédia... escombos que jazem nas profundezas do Atlântico Norte, objectos pessoais, recordações, partes do Navio, instrumentos... e vidas...

... Impressionou-me, tal como esperava, desde os ambientes construídos com a música pertencente a cada momento, até ao promenor das histórias que cada objecto conta... Conhecemos o nascimento, o desenho e a construção do Titanic (envolvendo mais de 10.000 trabalhadores); as ambições dos seus criadores e protagonistas; os luxos que oferecia e por fim, todo o desenrolar do seu naufrágio...

O que mais me sensibilizou foram as histórias pessoais acompanhadas dos objectos de alguns passageiros... e são precisamente os golpes da sorte que mais nos tocam... encontramos casos de muitas pessoas para as quais a viagem no Titanic foi meramente uma alternativa, já que os mineiros estavam em greve na altura e muitos dos cruzeiros que os levaria rumo à América não realizaram a viagem planeada...

E os actos heróicos, provando a nobreza humana... desde os músicos que optaram por tocar até ao momento final, transmitindo uma réstia de tranquilidade; aos dandys que como cavalheiros enfrentam de caras a morte jogando póquer; a engenheiros que correm aos compartimentos inundados oferecendo o seu know-how num último acto de sacrificio; aos homens das caldeiras ( gangs negros- cobertos de fuligem da cabeça aos pés) que até ao último momento continuam a alimentar as caldeiras de carvão, para que a energia não falte e haja a possibilidade de envio de SOS...

Entre estes actos heróicos encontro o de Rosalie Ida Blun, a qual encarno assim que recebo o seu bilhete à entrada da exposição...

Rosalie Ida Blun (Mrs. Isidor Straus), foi uma das passageiras de 1ª classe viajando a bordo do Titanic acompanhada pelo marido Mr. Isidor Straus e os criados Ellen Bird e Jonh Farthing...
Recusou-se a entrar no salva-vidas que a esperava, voltando para junto do marido...

"Estivemos todos estes anos juntos. Para onde fores. Irei." ... vejo no memorial que não sobreviveu... apenas a criada a quem ela ofereceu o seu casaco de peles...

Consigo imaginar-me a dizer algo do género com 63 anos, tendo partilhado uma vida e enfrentando um momento crucial...

Senti-me a viver um momento histórico, uma oportunidade única de contactar com o passado...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Secret



My secret world... in a hallow tree...

domingo, 10 de maio de 2009

Renascer





"Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da Terra..."

... leve...!

sábado, 9 de maio de 2009

Vidas

"O destino faz de nós o que somos, mas também pode impedir-nos de ser a pessoa que poderíamos ter sido..."

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Fly

Querendo dançar ao sabor da (des)gravidade...voando no meu paraíso...
E das águas emerjo aos céus...


Project Bandaloop:
Do you want to fly?

domingo, 3 de maio de 2009

Ritual

"por isso vigio todos os gestos que me transformam.

e renomeio todos os dias o que me é sentido no ritmo da pele."

Interiorizando...

sábado, 2 de maio de 2009

Meu Templo



E de novo me vejo perante as imponentes portas do meu templo... Reabro-as...
...Dou um passo em frente...



sexta-feira, 1 de maio de 2009

Atlantis




Fala spiritual...

Na verdade, a roda da fortuna esconde-nos muitas voltas... tem a sua própria vontade...


Assisto na margem com um misto de emoção...impotência...

O meu templo imerso nas águas... Amei-o e perdi-o, tinha chegado o momento...

Guerras que lhe tremeram as fundações e esta seria a derradeira, aquela que o afastaria dos homens...

Um grito abafado, preso na garganta... Não seria uma construção eterna, um local de veneração para toda uma vida... Fora simplesmente frágil, como um coração que parára de bater...


Eis a minha homenagem interior... o spiritual reside em mim...


Conhecimentos queimados, Biblioteca de Alexandria... irrecuperáveis... embora o essencial permaneça..em mim...

A minha Atlântida afundada... o meu templo perdido... de novo nascerá pelas minhas mãos...

Uma nova Atlântida fundada crescerá mais forte, abro novamente as portas do meu templo...


Entrai...

Light

Awaking from a dream...

domingo, 26 de abril de 2009

Insomnia